quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

2011: Brasil sejas liberto de ti mesmo, na parte que não te toca.

A Genetriz Estatal deseja a todos um ano novo novo, porque cansamos de acomodar o novo no contexto do mesmo que apenas mudou de ano. Não é, pois, a mudança de data que determina novos tempos, mas a mudança de postura diante de todas as imposturas que a continuidade poderia sugerir, como ser o mesmo num ano diferente, ou transformar todo um ano - vindouro - na poeira de um devir manjado, calejado e existencialmente desgastante, como se já soubessemos do infortúnio previsível representado pela total ausência de novidade.
Que esses dias eternos que se aproximam, eternizem a todos novas oportunidades, novos focos, novos desejos, novas perspectivas, diante de si mesmos, do outro e do todo que isso representa.
Que a nossa alma engravide de si mesma e que nada precise mesmo ser dito, exceto o obrigado que desconcerta toda e qualquer intolerância, premeditada ou não.
Que o Estado seja um ente invisível mais que estruturado, para poder servir mais que desagregar ou enganar.
Que o homem ignorante busque o conhecimento de si, para que o sábio possa difundir o conhecimento de nós, mas nós que não atam cordialidades naturalmente evidenciáveis.
Que o povo se ligue no fato de que ligados são mais fortes do que qualquer discurso, e que toda a velharia de política idosa faleça ante os nossos olhos e nossas escolas de samba, de ensinar e aprender probabilidades factíveis.
Que os pais não deleguem a criação de seus filhos a entes abstratamente criados, e que os filhos produzam sempre frutos mais aprimorados que seus pais, para poderem ensiná-los como fazer bem sem olhar a quem.
Que os professores aprendam a limpar de sua alma o grude de uma política burramente estatizante e joguem no lixo, após separá-los para reciclagem, todo o vício de aprisionar mentes infantis e juvenis, à idéia aburda de que se deve mesmo obedecer a governos incultos, apenas porque pagam o seu salário no final do mês. Deus os alimente com uma porção de coragem civil.
Que aqueles que reclamam da corrupção não alterem suas balanças, não errem no troco, não coloquem o preço errado nos seus produtos, não sabotem os dentes de seus clientes por dinheiro, não prognostiquem doenças que nunca existiram e não receitem remédios pelo afã de receber comissões ilicitamente contratadas com laboratórios e indústrias químicas.
Nós nos propusemos a defesa da tese de que fomos nós quem criou o Estado, e, como criação, este deveria nos servir e nos obedecer e não o contrário. Como alterar o curso das coisas se nós, diante do espelho de nós mesmos, agimos em dissenso com o que desejamos e que estado de coisas geramos quando a intenção não corresponde ao gesto.
Que 2011 seja o novo início de algo verdadeiramente novo. Um novo coletivamente inovador.
Genetriz Estatal estará a disposição de todo e qualquer brasileiro que deseje interagir com a multiplicidade de opniões possíveis no sentido de rever a relação homem e Estado, contribuindo (assim se espera) para que essa abstração criada para nos servir reflita melhor a alma e a expectativa de todos nós.
Todos nós sem exceção, exceto os nós que venham a insistir no intento de atar possibilidades mais estimulantes.
Feliz 2012 a todos!!