terça-feira, 9 de julho de 2013

EDWARD SNOWDEN - O LIAME ENTRE O PÚBLICO E O PRIVADO

Caso notabilizado pela imprensa internacional, a notícia de que um ex-agente da Agência de Segurança Nacional Norte-Americana teria levado a público o programa de captação de dados do governo dos Estados Unidos da América - agora quase Estados Unidos da Porra Toda - com uso de tecnologia avançada que, diante da ignorância do governo do Brasil, na falta de uma designação semiótica fidedigna (tipo sei lá entende?) foi chamado de sistema de captação de metadados - meta, querendo significar - algo tipo assim que não sei do que se trata - rastreou informações da comunidade internacional, pública e privada, fundamentado na lei de segurança nacional da supra sumíssima para cacete potência mundial, a pretexto de combater o terrorismo. 
Genetriz Estatal renasce das cinzas para ver renascer, junto com ela, uma forma de nazismo sofisticada, onde o poder se centra no conhecimento científico, arma branca e  invisível aos seres normais, buscando incessantemente controlar mentes, pensamentos, tendências, informações, conteúdos e, quiçá, o espírito do rebanho que dormita sobre o planeta.
Na África, o presidente Obama justificou a medida fundamentado no fato de que todos os governos, na prática, possuem o seu sistema de informações e que possuem, também, seus setores de inteligência furtiva, querendo com isso, constatar o óbvio, mas dando a ele uma roupagem política, enquanto argumento de defesa perante à opinião pública, algo do tipo: todo o mundo faz isso! E ele não está errado. O certo, é que o errado praticado por todos, ratifica e justifica a proposição, cuja lógica se assenta na ideia de que,  se todos comem cocô, por isso, cocô deve ser bom. Todos, teclam, Obama!.
Desde hackers especializados que buscam captar as senhas bancárias dos ignóbeis tecladores da web, até as grandes empresas que, em troca da aparente gratuidade dos serviços que prestam, colhem informações que valem ouro: o que você compra, o que você lê, o que você gosta, com quem você fala, com quem você não fala, o que você pensa, o que você come, qual a sua religião, etnia, condição sócio-econômica, o que aparecerá na tela de seu computador a partir do que já apareceu na tela do seu computador, todas, dirigidas pelas suas aparentes e livres escolhas, acompanhados de seu mouse ou das teclas de um aparelhinho qualquer. 
A iniciativa privada, com extensos contratos escritos em letras miúdas formatados e dirigidos para proporcionar a reação esperada - não lê-los - fatura milhões em troca das informações pessoais lastreadas em dados colhidos com muita segurança pela Google, Faceboock, Twiter, Microsoft, etc. Nós, animais imaginativos, vemos nas telas dos computadores imagens fascinantes, olvidando o aspecto facínora que se embute no contexto dos sistemas internacionais de transmissão de dados.
O que haveria de comum entre a falência do sistema de transmissão de satélites brasileiros, com a quase clara sabotagem da última tentativa em, contando com a parceria da Ucrânia, dominar a tecnologia de satélites e resguardar, ao menos um pouco, a soberania nacional, sobretudo no que tange à tranquilidade da sociedade brasileira, especialmente naquilo em que se consorcia com espaço vital tecnológico, entendido como aquele em que, como desprendimento do domínio tecnológico, fica, se não totalmente protegido de invasões espiãs , certamente mais próximo de um controle e administrações soberanos.
Num contexto onde o mundo, através de uma significativa parcela pensante da humanidade, vem cuspindo na política insana, degradante e degradada da guerra fria, a maior potência do mundo, criada sob uma base principiológica sólida no que tange às garantias individuais, sobretudo aquelas afetas direta ou indiretamente à liberdade, a cada dia dá prova de sua ganância política e o desejo, então obsessivo, de dominar, a qualquer preço, o mundo. Hitler e Obama se diferenciam apenas pela forma de agir. Um, declara o seu desejo por poder, poder, e mais poder. O outro esconde o seu desejo por poder, poder e mais poder. As desculpas e as justificativas estão fora do padrão de vibração imperante nos tempos atuais.
A estátua da liberdade usa fones de ouvido (talvez por isso tenha sido reformada), modernos, claro, com tecnologia de última geração, mas o seu espírito, antes de liberdade admirável, não se consorcia, ao menos no imaginário do mundo, com o espírito de deplorável animosidade contra tudo e contra todos. Cremos: contra si mesma e  contra os fundamentos existenciais que a tornaram, a nação estadunidense, no que se tornou, o que, ao nosso ver, implica em dar sinais de deteriorização moral, loucura e uma espécie de neurose, aquela que só se cura com uma bala na cabeça, ou melhor, com um tiro no próprio pé (ficou mais leve né?).
Edward Snowden, vítima do sistema de manipulação da opinião pública americana, já é tratado como traidor. Ao haver denunciado esse invasivo programa de governo (na verdade, crime contra a humanidade), Edward dá um exemplo de coragem, exemplo esse que, com mais ou menos certeza, será lembrado na história da humanidade. O cerne do modelo que devemos imitar, pois, tratado como traidor por uma cúpula asquerosa que sobrevive de pensar que manda, acabou por demonstrar que um novo ciclo se faz anunciar no mundo, o da verdade universal. Tudo o que já sabíamos, vem sendo demonstrado pelas inusitadas circunstâncias, seja no mundo árabe, seja no Brasil, seja no Egito, seja em Cuba (ops, animei-me), seja na Europa e , como vimos, seja nos Estados Unidos. 
Um novo conceito de patriotismo se desvela, graças a esse jovem integrante da Agência de Segurança Nacional nortista. Edward Snowden retoma os valores de sua ancestralidade genética (porque o espírito sempre assopra onde quer), traduzindo o que há de melhor na América. Edward é Presidente de sua República sem ocupar cargo público. Obama, assim como outros no mundo (pigarroteando), se elegeram parecendo que eram democratas, mas, segundo se viu, ocultando probabilidades incautas e tenebrosas. Até Bush se surpreendeu. A lição ancestral norte-americana, deixou de ser ouvida: você pode enganar algumas pessoas, algum tempo; muitas pessoas, por muito tempo; mas não pode enganar todo o mundo o tempo todo.
Não vou falar do Brasil, porque o Brasil ainda está sobre a ação gravídica da Terra. Nós somos os seus filhos.
A anatel, depois que o Lula retirou a autonomia de sua estrutura funcional para nomear companheiros, coitada, nem sabe direito do que se trata. Um algo, como diz o Ministro da Comunicações, tipo assim, megadata. Mega, o foi, a indolência com a segurança de seus administrados.
Se o público invade dados privados (e públicos), o que se dirá das empresas privadas que prestam um serviço que, não sendo público, foi publicizado em nome de, certamente, alguma vantagem?
Google, Facebook, Dell, e outras do mesmo gênero, corrompem o sistema de liberdades à revelia de todas as nações. Edward nos alertou acerca da profunda canalhice que cerca governos e grandes corporações. O público e o privado reciprocamente estupraram nossa confiança em Estados e discursos, públicos ou privados.
Edward Swoden, um agente público que denunciou o próprio governo para alertar as nossas individualidades e inviolabilidades, do crime contra a humanidade cometido.
A ONU?
Procure na Google, se o governo americano deixar. Não use um computador da Dell nem explorer na  internet através do navegador da Microsoft, porque eles já devem saber, pelo seu sistema de filtragem, que eu os detesto. Se quiser, podem postar no facebook, mas jamais se esqueçam de rezar.