Durante esse tempo, foram tantos os descalabros da política interna brasileira, que ficamos em dúvida sobre qual deles seriam mais importantes para comentar no contexto proposto pela nossa amada Genetriz Estatal, e, na dúvida, pressionados pelo tempo sem postagens, escolhemos todas, resumindo-os todos em um só foco de especificação: o que é do Estado não pode ser transmutado em quiquilharia particular das bestas que o administram.
O que há em comum entre, graças a um acidente, descobrirmos que o Governador do Rio de Janeiro encontrava-se na Bahia, num dia de meio de semana, numa viajem em que o homem mais rico do Brasil houvera cedido gratuitamente o transporte, por meio de seu helicóptero particular (PT-EIKEBATISTA), e o Ministério do Turismo aprovar em tempo recorde uma transferência de mais de vinte e cinco milhões a uma ONG (organização não-governamental) , para que a mesma se responsabilize pelo aprimoramento do setor hoteleiro e turismo, num contexto em que a citada ONG (IBH - Instituto Brasileiro de Hospedagem), administrada por um empresário que presidia um órgão estatal em Brasília (Brasiliatur) no governo Arruda (única arruda que não conseguiu espantar as nhacas típicas daquele detrito, digo Distrito), chamado Cesar Gonçalves, já era integrado a vários procedimentos administrativos apuradores de desvios de verbas naquela estatal.
Mais enauseantes do as ilicitudes praticadas por esse bando, é a desculpa que dão para ocultarem os reais propósito de suas relações, perverterem o senso lógico do povo inculto ou, o que é pior, adormecerem o senso de reação do que há de parco e tímido entre o povo informado, único capaz de digerir possibilidades lógicas e ilógicas com algum grau de lucidez, a quem é impossível responder a desmandos com frases feitas para debilóides respirantes ou similares.
Agregar a isso o pagamento de direitos autorais realizados pelo Ministério da Cultura a não autores vivos, em detrimento de autores legítimos, porém mortos, poderia provocar movimentos peristálticos no nosso intestino, em caráter irreversível, por isso relevaremos essa parte da coisa que, em seu todo, infelizmente, transforma a estrutura administrativa do país em um tubo de produção de cocõ, a quem se deve, por força do hábito, referenciar com o pronome de tratamento inadequado, já que Vossa Excelência não combina com o cheiro da coisa em si. Vossa bostejanância nos parece mais adequado, mas esse pronome ainda não foi criado.
O que pretendemos ressaltar é a herança portuguesa traduzida por uma espécie de beija-mãos estilizado e moderno, num circuito que, resumido, seria assim traduzido: Governo...BNDES..Eike e genéricos.."empresários"...família de ambos.....netos de ambos.....papagaios e outros bichos de ambos. De sobremesa: bacalhaus adocicados ao molho pardo.
Tem as PPP (parcerias público-privadas), mas PQP, já sabemos o que pensamos sobre isso.
Um sistema meritório deve prestigiar (deveria parecer óbvio, mas não é) o mérito (como é ruim externar o óbvio que deveria ser óbvio num contexto adequado) e, se a meritocracia se extende para os mares da economia, deveríamos diminuir o tamanho do Estado, tornando-o mais eficiente, deixando à iniciativa privada todo o resto, cabendo às individualidades, o crescimento racional das especificidades exigidas pelo mercado. Quando a iniciativa aparentemente privada se mistura com a sua irmã siamesa - interesse aparentemente social - temos um capitalismo oligárquico nacional não raras vezes cristão, que às vezes se nomina social democrata, às vezes dos trabalhadores, o que gera uma estrutura de relacionamentos internos que torna impossível dar ao Estado a eficiencia que se projeta no plano dos planejamentos (a que ponto chegamos para explicar o inexplicável) , e à esfera dos sistemas privados de interesses, a liberdade responsável que reconduz o capitalismo às suas raizes inaugurais.
Essa miscelânea de valores mesclados, não raras vezes induzida por uma estirpe de elite social mentalmente depravada, deve ser remediada com um pouco de suco de maracujá, para que, na calma ou na dormência dos sentidos, possamos colocar nossos plexos e complexos num eixo que possa proporcionar à nossa inteligência e aos nossos sentidos, a sensação de que tudo está voltando ao normal.
Eixos axiológicos nos devidos locais, respeitados os paralelismos do caminho e dos trilhos, resta-nos incentivar aos nossos leitores uma nova modalidade de turismo, mais barato do que o atual, com menos reflexos negativos e que depende única e exclusivamente da vontade de cada um: o turismo psicológico pelo interior do Brasil de todos os nossos próprios interiores, para identificar problemas, propor soluções práticas e conhecer aquilo que de melhor poderia ser externado à nossa personalidade coletiva, cuja máscara é verde e amarela, com olhos azuis, postos ao céu estrelado, na brancura de uma paz interior da cor do mais branco dos brancos mantos.
Ouvimos hoje no jornal da Rádio Bandeirantes que a Assembléia Legislativa do Paraná teria sido construída sobre imóvel invadido (por ela própria) e que, por meio de uma associação de esposas dos deputados (uma pessoa jurídica criada pela turminha cujo nome levantaremos em breve), transferiu-se a propriedade do imóvel onde está sediada (ou a posse, não sabemos ainda) e, graças a isso, a Assembléia paga alugueres para a ficção que criou (em outra palavra: rouba-nos descaradamente).
Tudo isso me remete à queda da bastilha, nobres pendurados em postes públicos (ou privados), o povo cuspindo em seus cadáveres, atirando pedras......ufffa! Permitam-me retornar à realidade porque o ódio que minha alma faz desprender nesses processos imaginativos não faz bem à saúde de minha paz...se bem que.....deixa pra lá!
Parabéns pelo blog, suas colocações proporcionam momentos de reflexões. Chico Gélamo
ResponderExcluirCapitalismo oligárquico! Eis o cerne do problema. E ele está na segunda, e não na primeira palavra. Capitalismo oligárquico = socialismo do capital alheio. Parabéns pelo post!
ResponderExcluirSeria cômico, se não fosse trágico...
ResponderExcluirLuiza Morais